Relaxa Platini

O atual presidente da UEFA, Michael Platini, é conhecido no mundo do futebol por suas idéias "mirabolantes", e parece que o dirigente francês realmente almeja mudar o esporte no Velho Continente.

Após causar mal estar com os clubes ao indicar a polêmica lei 6+5 (onde o clube é obrigado a ter mais jogadores locais do que estrangeiros em campo), Plantini quer dar maior espaço para países de menor expressão no futebol.

O ex-craque da seleção francesa acenou com a possibilidade de dar mais vagas diretas na Champions League, abrindo espaço para ligas menores (além de tirar vagas das grandes ligas). A medida tem seu lado interessante, uma vez que lutaria contra a desigualdade de investimentos feitos pelos clubes, além de dar a possibilidade de equipe menores disputarem a principal competiç o entre clubes do planeta.

Quando todos achavam que as idéias de Platini haviam cessado, o dirigente anunciou que a Eurocopa passará a ser disputada por 24 seleções partir de 2016. Entretanto, ao contrário das alterações na Champions, essa medida parece ser uma espécie de tiro no próprio pé da entidade.

Enquanto a primeira medida visa diminuir as desigualdades no futebol, a segunda pode causar um enfraquecimento do nível técnico de um dos principais torneios de seleções do mundo, uma vez que esse aumento de seleções dará espaço para várias equipes mais fracas, além de alterar a estrutura do torneio.

Atualmente, a Euro é disputada por 16 seleções, que são divididas na fase inicial em 4 grupos contendo 4 times cada. Os dois melhores de cada chave passam para a fase de "mata-mata". Com as mudanças propostas pela UEFA, além dos dois melhores de cada grupo, outras quatro seleç es escolhidas pelo nível técnico também avançar o de estágio.

Se a Eurocopa é considerada uma espécie de Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, a principal competição de seleções do velho continente corre o risco de se tornar apenas mais um torneio morno, onde só as finais chamar o a atenção do grande público.