sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ela Também Faz Gol

Deixando de ser o esporte do povo



Que o futebol já deixou de ser um esporte para virar um negócio não é novidade.

Além das constantes vendas de jogadores cada vez mais jovens para o exterior, as freqüentes ações do marketing para a arrecadação de valores para os clubes com a venda de camisas e artigos relacionados, da exploração nos preços dos ingressos, a novidade agora é elitizar o público que freqüenta os estádios brasileiros.

O processo de elitização dos estádios já aconteceu nos campeonatos europeus, (Inglês, Espanhol) no qual o torcedor a cada nova temporada adquire na forma de carnês todos os jogos do ano a preços altíssimos.

Aqui no Brasil os clubes já estão seguindo esse passo. Esse ano o Palmeiras implantou o Setor Visa no Parque Antártica, no qual são disponibilizados cinco mil lugares para o torcedor, com novas cadeiras e toda infra-estrutura possibilitando um maior conforto e com a novidade de que o próprio cartão de crédito visa é o ingresso que passa na catraca na hora do jogo. O Botafogo também implantou esse sistema no Engenhão.

Já no Morumbi recentemente foi inaugurado um bar temático, o Santo Paulo Bar, que além de ser um local com a capacidade de 350 pessoas reuni em um único ambiente o serviço de um restaurante de alta qualidade com a vibração de um estádio de futebol. O torcedor poderá acompanhar o jogo pelas 21 TVs de plasma que estarão no local. Em dias de jogo o bar é transformado em camarotes que necessita fazer reservas para ter seu lugar assegurado.

Ultimamente ter privilégios em estádio de futebol é pra quem tem dinheiro. Mas os torcedores brasileiros são movidos pela paixão, muitas vezes deixando um pouco a razão de lado. Podem passar horas numa fila para comprar o ingresso ou até pagar o triplo do preço nas mãos de cambistas só para ver os jogos finais ou até mesmo ver seu time ser campeão.

Com essa possível elitização dos ingressos poderia espantar os torcedores fanáticos dos campos de futebol e, em conseqüência disso é o baixo público que pode se tornar constantes nos estádios brasileiros prejudicando o espetáculo.

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